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Seminário Internacional: Fake News e Eleições – TSE

Veja como foi o Seminário Internacional: Fake News e Eleições – TSE

Realizado nos dias 16 e 17 de Maio no Tribunal Superior Eleitoral em Brasília – DF

 

Sobre o Evento:

Durante o ano de 2018, o Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, instituído pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral, desenvolveu algumas atividades relacionadas à influência da Internet nas eleições, em especial quanto ao risco das Fake News (Notícias Falsas) e ao uso de robôs na disseminação de (des)informações, ações que ampliaram o conhecimento da Justiça Eleitoral sobre o tema, para tentar prevenir e facilitar o enfrentamento do grave problema relativo à disseminação de boatos durante as Eleições de 2018.

O seminário internacional tem como objetivo encontrar formas de impedir – leia-se minimizar – a divulgação de Fake News (Notícias Falsas) nas Eleições de 2020, considerando-se a experiência adquirida nas Eleições de 2018.

Com efeito, deseja-se compilar os dados, compartilhar experiências, acolher sugestões e enriquecer o conhecimento geral sobre viáveis medidas de enfrentamento às Fake News (Notícias Falsas), bem como ter este Seminário como de fonte de estudos e propostas a serem encaminhadas à Justiça Eleitoral e ao Congresso Nacional.

📅 Para os que não tiveram a oportunidade de ir, não puderam comparecer ou até mesmo ver o evento on-line. Seguem os vídeos – na íntegra e sem cortes -, ocorrido nos dias 16 e 17/05/2019 no TSE, em Brasília-DF.

🎥 Vídeo 01 de 03 – Abertura e Palestra Magna.

16/05/2019:

📌 Abertura – das 19h às 19h30.

📌 Palestra Magna: Combatendo a Desinformação e Preservando a Liberdade de Expressão – das 19h30 às 20h30.

 

🎥 Vídeo 02 de 03 – Painéis 1 e 2.

17/05/2019:

📌 Painel 1: LEI ELEITORAL E OS LIMITES DA PROPAGANDA – das 09h às 10h30.

📌 Painel 2: ELEIÇÕES E FAKE NEWS NO MUNDO – das 10h30 às 12h.

 

🎥 Vídeo 03 de 03 – Painéis 3, 4 e 5.

📌 Painel 3: LIBERDADE DE EXPRESSÃO X CRIME CONTRA A HONRA – das 13h30 às 15h.

📌 Painel 4: FERRAMENTAS DE ENFRENTAMENTO ÀS FAKE NEWS – das 15h às 17h.

📌 Painel 5: MÍDIAS SOCIAIS NO CENÁRIO ELEITORAL – das 17h30 às 19h.

 

👀 Para mais detalhes sobre o Evento, Programação, Palestrantes, Notícias Relacionadas, etc, acesse 👇👉 http://www.tse.jus.br/hotsites/seminario-internacional-fake-news-eleicoes/

#TSE #SeminárioInternacional #FakeNews #Brasília #DF #Brasil

#PraCegoVer
Fundo cinza, com grafismos que remetem a um mapa mundi. Ao centro, o nome do evento “Seminário Internacional Fake News e Eleições”.

Resultados:

Apresentamos e demonstramos a nossa Ferramenta (Site e App) para os responsáveis de Tecnologia do TSE, que além de gostar, SURPREENDERAM-SE positivamente com a precisão e velocidade dos resultados.

NOVIDADE!

Em breve (próximos dias) tornaremos PÚBLICA a nossa API!

API é um conjunto de rotinas e padrões de programação para acesso ao nosso motor de buscas, baseado na Web. A sigla API refere-se ao termo em inglês “Application Programming Interface” que significa em tradução para o português “Interface de Programação de Aplicativos“.

Continuem acompanhando para saber mais sobre as condições de uso, entre outras informações.

Até próximo post!

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Eleições 2018: Debate, Robôs, TSE, Impulsionamento de Posts e Fake News

Eleições 2018: Debate, Robôs, TSE, Impulsionamento de Posts e Fake News

O que esses assunto tem em comum? Tudo!

Aos que assistiram o debate da Band na última quinta-feita (09/08/2018) e atentaram-se para os números e hashtags que apareciam no canto superior esquerdo da tela, gerados pela “Sala Digital” – em parceria com a Google, e que pretendiam monitorar as pesquisas em tempo real (usando o Google Trends) sobre os assuntos e candidato(a)s presidenciáveis presentes, perceberam os exageros e rapidez com que os números eram freneticamente exibidos.

O Sr. Marco Túlio Pires – “líder” do Google News Lab Brasil, sua equipe a empresa em que trabalham, continuam patinando e sem a menor noção de como resolver o que resolvemos: identificação de Fake News (projeto posverda.de) – , deixaram passar as Bots Farms (Fazendas de Robôs) usadas para elevar os números de menções às hashtags no Twitter, mas vários especialistas da área e alguns jornais e jornalistas perceberam o furo!

O Padrão

Os robôs, quase sempre, utilizam textos breves, curtos e têm um padrão. E nos debates isso fica bastante evidente. Neste caso do debate da Band, pode ter sido uma mistura dos dois: o algoritmo do Twitter e a propagação de mensagens padronizadas. É possível notar a publicação de mensagens apenas com as hashtags ,em alguns casos, que são “retuitadas” (compartilhadas) centenas, milhares de vezes. Não é um comportamento “normal” de um humano.

E o interessante é que, ao mesmo tempo em que os assuntos relacionados ao candidato Jair Bolsonaro apareciam entre os mais comentados do Twitter na Rússia e na Letônia, no Brasil a presença dele era escassa nos trending topics, enquanto o Cabo Daciolo figurou entre os principais do Paquistão e Ciro e Marina, no Vietnã, por exemplo.

Por esse motivo o TSE vai caçar robôs (promete!) para evitar fraudes nas Eleições de Outubro. Se vai conseguir, é outra história.

Há outra questão MUITO IMPORTANTE por trás de tudo isso e que poucos se deram conta: é possível manipular votos não só por meio das Fake News, mas também com o Impulsionamento de Posts nas Redes Sociais, de acordo com a nova Cartilha do TSE 2018 (pasmem!), e pode se tornar uma forma velada de manipular os Eleitores nas Eleições de 2018 sem o uso direto de Notícias Falsas.

Como? Segmentando os anúncios por tipo de público-alvo, exibindo propagandas para o que cada grupo gostaria de “ver e ouvir” – e isso não é uma ideia nova (ver Eleições nos EUA).

Moral da História

Quem ganhou o debate foram os donos das fazendas de robôs e perfis falsos.

O Twitter e Facebook também continuam tentando encontrar uma forma de identificar as Fake News e o uso indiscriminado de robôs, mas sem nenhum sucesso até o momento.

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Fake News (notícias falsas)

PÓS-VERDADE E NOTÍCIAS FALSAS: A ERA DAS FAKE NEWS E DA DESINFORMAÇÃO

UM POUCO MAIS SOBRE O REAL IMPACTO DAS NOTÍCIAS FALSAS NO MUNDO E NA POLÍTICA

Dois acontecimentos que tiveram relevância internacional em 2016 foram o Brexit – a saída do Reino Unido da União Europeia – e as eleições presidenciais dos EUA. Além de serem os principais motivos do crescente uso da palavra pós-verdade, também foram onde o próprio fenômeno das notícias falsas foi bastante intenso.

Em se tratando de política e da polarização ideológica generalizada, as notícias falsas foram usadas para causar tumulto e reforçar posicionamentos – ou mesmo, acentuá-los. No caso do Brexit e das eleições americanas, os nervos estavam ainda mais à flor da pele por serem assuntos determinantes para o futuro daqueles países.

Devem ser considerados também que as redes sociais e seus algoritmos – declarados recentemente como ineficientes (Facebook) – formam “bolhas” sociais – e também ideológicas. Esses algoritmos reúnem no painel de notícias do Facebook, por exemplo, as pessoas com quem os usuários mais interagem e os assuntos mais relacionados ao que eles publicam ou “curtem”, assim como notícias, reportagens, vídeos e histórias sobre posicionamentos que os usuários já endossam, também politicamente. O algoritmo, portanto, não dá lugar ao contraditório. A “visão de mundo” dos usuários é confirmada repetidamente e, se algum “amigo” (contato) desses usuários compartilha uma “notícia”, mesmo que falsa, outros podem acreditar. Esse fenômeno une a notícia falsa à pós-verdade e foi um episódio recorrente no Reino Unido e nos Estados Unidos em 2016. 

Trump e Hillary Clinton nas Eleições americanas de 2016.

Em 2016, 33 das 50 notícias falsas mais disseminadas no Facebook eram sobre a política nos Estados Unidos, muitas delas envolvendo as eleições e os candidatos à presidência. Durante a campanha presidencial, notícias falsas foram espalhadas sobre os dois candidatos: o atual presidente republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton. No monitoramento de 115 notícias falsas pró-Trump e 41 pró-Hillary, os economistas Hunt Allcott e Matthew Gentzkow concluíram que as postagens pró-Trump foram compartilhadas 30 milhões de vezes, enquanto as pró-­Hillary 8 milhões.

Sobre Trump, a “notícia” de que o Papa Francisco havia apoiado sua candidatura e lançado um memorando a respeito foi a segunda maior notícia falsa sobre política mais republicada, comentada e a qual as pessoas reagiram no Facebook em 2016. Outra notícia falsa, diretamente relacionada a Trump, afirmava que ele oferecia uma passagem de ida à África e ao México para quem queria sair dos Estados Unidos – a postagem obteve 802 mil interações no Facebook. Quanto à Hillary Clinton, uma notícia falsa com alta interação no Facebook – 567 mil – foi de que um agente do FBI (órgão de investigação federal) que trabalhava no caso do vazamento de e-mails da candidata foi supostamente achado morto por causa de um possível suicídio.

Quanto ao Brexit, houve diversas informações truncadas disseminadas pela campanha Vote Leave – em tradução livre, “vote para sair” – para a saída do Reino Unido da União Europeia. As questões envolviam principalmente as políticas de imigração da UE e questões econômicas. O jornal The Independent reporta que um dos líderes da campanha pelo Brexit afirmou que mais 5 milhões de imigrantes iriam ao Reino Unido até 2030 por conta de uma licença dada a 88 milhões de pessoas para viver e trabalhar lá – uma informação que não tem fundo de verdade. Um dos pôsteres da campanha clamava: “Turquia (população de 76 milhões) está entrando na UE” – quando, na verdade, o pedido de entrada na UE pela Turquia é antigo e não mostra sinal de evolução.

Para as Eleições de 2018, não acredita-se que as notícias falsas poderão de fato mudar o resultado da eleição em si, como discutido no evento da Revista ÉPOCA. Mas é claro que os boatos enfraquecem e distraem a população do assunto que realmente importa: os planos de governo, as ideias de políticas públicas, o modelo de gestão. Essa questão é tão latente que até órgãos de defesa do governo federal, como o Ministério da Defesa e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), junto ao TSE – Tribunal Superior Eleitoralpreparam uma força-tarefa para combater as notícias falsas no período eleitoral em 2018.

 

NOTÍCIAS FALSAS E MANIPULAÇÕES VÍDEO #01 DE #04

Visando esclarecer os eleitores para as Eleições de 2018, o historiador Leandro Karnal fala sobre as fake news, que abrem espaço e um novo o mercado de manipulação, boatos e mentiras. Esse é o primeiro (#01) – de #04 – vídeos da série sobre Pós-Verdade, Fake News e o fenômeno das Notícias Falsas no mundo contemporâneo, por meio das Redes Sociais.

 

VÍDEO #02 de #04

No segundo bloco, o historiador Leandro Karnal fala sobre a dificuldade em verificar informações nas redes sociais e relação das pessoas com a zona de conforto dentro de debates.

 

VÍDEO #03 de #04

No terceiro bloco, Leandro Karnal fala sobre o sucesso de Donald Trump nas eleições americanas e a capacidade da internet em dar acesso a uma quantidade muito grande de informações.

 

VÍDEO #04 de #04

No quarto e último bloco, Leandro Karnal fala sobre a polarização no Brasil e a rejeição ao discurso político tradicional.

 

POR QUÊ NOTÍCIAS FALSAS SÃO CRIADAS?

Há diversos fatores para a criação de notícias falsas. Alguns deles são a descrença na imprensa e a utilização das fake news como um negócio, para atingir objetivos de interesse próprio. Em estudos sobre os motivos pelos quais são feitas as fake news, chegou-se ao seguinte resultado: os motivos podem ser um jornalismo mal-feito; paródias, provocações ou intenção de “pregar peças”; paixão; partidarismo; lucro, um dos principais, constatado recentemente pelo Correio Braziliense; influência política e propaganda.

Quanto ao lucro, por exemplo, os estudos se referem às notícias falsas terem se tornado um grande negócio. Há realmente quem lucre com esse advento, com ferramentas de propaganda gratuitas e com as manchetes chamadas de “iscas de clique” (call to action). Foi o caso de um brasileiro que chegou a fazer 100 mil reais mensais de lucro com sites de notícias falsas, segundo um mapeamento da Folha de São Paulo.

Mídias digitais (Tablets e Smatphones / celulares) que facilitam a propagação de Notícias Falsas (Fake News)

A respeito da veiculação desses conteúdos, pode-se dizer que são disseminados principalmente pela internet, por meio das redes sociais, portais falsos de notícias e grupos de aplicativos de mensagem – WhatsApp é o mais comum -, amplificados até por jornalistas que passam informações truncadas às pessoas. Outras notícias falsas são disseminadas por grupos diversos – de política, de religião, de crenças variadas – que fazem comunidades, páginas no Facebooksites para compartilhar suas crenças e (des)informar as pessoas de acordo com sua fé. Existem também outras maneiras mais sofisticadas, em que há uso de robôs (bots) e mecanismos da internet próprios para disseminar conteúdos falsos.

COMBATENDO AS NOTÍCIAS FALSAS

Para evitar um mundo que vive na pós-verdade, é preciso combater e prevenir a disseminação de notícias falsas por meio de 03 (três) pilares:

  • Os diferentes tipos de conteúdos que estão sendo criados e compartilhados;
  • As motivações dos que criam esse conteúdo;
  • As maneiras e meios com que esses conteúdos são disseminados.

07 TIPOS DE NOTÍCIAS FALSAS IDENTIFICÁVEIS

Para sanar o primeiro item e identificar que tipo de conteúdos estão sendo criados e compartilhados, sugere-se uma lista com 07 (sete) tipos de notícias falsas, onde é possível identificar e combater nas redes / mídias sociais:

  1.  Sátira ou paródia: sem intenção de causar mal, mas tem potencial de enganar;
  2.  Falsa conexão: quando manchetes, imagens ou legendas dão falsas dicas do que é o conteúdo realmente;
  3.  Conteúdo enganoso: uso enganoso de uma informação para usá-la contra um assunto ou uma pessoa;
  4.  Falso contexto: quando um conteúdo genuíno é compartilhado com um contexto falso;
  5.  Conteúdo impostor: quando fontes (pessoas, organizações, entidades) têm seus nomes usados, mas com afirmações que não são suas;
  6.  Conteúdo manipulado: quando uma informação ou ideia verdadeira é manipulada para enganar o público;
  7.  Conteúdo fabricado: feito do zero, é 100% falso e construído com intuito de desinformar o público e causar algum mal.

DICAS PARA VERIFICAR SE UMA NOTÍCIA É FALSA OU NÃO

A Federação Internacional das Associações e Instituições de Bibliotecárias (IFLA) também publicou dicas para ajudar as pessoas a identificarem notícias falas. São elas:

  • Considerar a fonte da informação: tente entender sua missão e propósito olhando para outras publicações do site;
  • Ler além do título: títulos chamam atenção, mas não contam a história completa;
  • Checar os autores: verifique se eles realmente existem e são confiáveis;
  • Procurar fontes de apoio: ache outras fontes que confirmem as notícias;
  • Checar a data da publicação: veja se a história ainda é relevante e está atualizada;
  • Questionar se é uma piada: o texto pode ser uma sátira;
  • Revisar seus preconceitos: seus ideais podem estar afetando seu julgamento; e
  • Consultar especialistas: procure uma confirmação de pessoas independentes com conhecimento.

Como identificar Notícias Falsas (Fake News). Dicas do posverda.de | Eleições 2018 no Brasil